Em homenagem a Tia Jelita do Samba, Saubara, Bahia. Jelita transformava o tempo em compassos cadenciosos, cantava versos de velhos sambas, lembranças de tempos eternos. Na sua dança habitava a alegria das festas de caruru, de Santo Antônio, de Cosme e Damião, das lavagens das igrejas da Bahia e das festas dos caboclos, que tanto gostam de sambar. Sambadeira do recôncavo, mulher que levava no seu corpo memorias de antigas gerações. Os passos do seu miudinho eram banhados das águas da maré submergidos em longas caminhadas a roça e a mariscagem. Como você enfrentou tanta coisa na vida Jelita? Perguntei uma vez depois de escutar suas vivências. Ela me respondeu com um samba.